quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

literatura de bancos de comboios

"When you try, but you're not succeed;
When you get what you want, but not what you need;
When you feel so tired, but you can't sleep;
Could it get worst?"

É com alegria que saúdo desde já o ser humano magnifico que redigiu esta obra no banco no qual me sentei hoje esperando pelo comboio.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dor de Dromedário

Quando tenho dores nas pernas chamo-lhes dores nas pernas. Quando tenho dores nos braços chamo-lhes dores nos braços. PORQUE RAIO É QUE O FLANCO SE ACHA MAIS DO QUE OS OUTROS?!? "Olhem para mim com dor de BURRO!"
Agora sempre que tiver dor de cabeça será dor de dromedário para tirar as manias áquele menino. E tenho dito.

Errata

A posta cujo protagonista se intitula de José, é uma nódoa na camisa que é este blog.
Cumprimentos.

Shall we go?

Tenho um quarto de hora, tenho de me despachar, tenho de ir. Vens comigo?

A ti

Querido rolo de papel higiénico:
Tantas vezes me safaste de boa. Tantas vezes aquando uma bruta feijoada tive necessidade de praticar uma higiene ou outra e lá estavas tu olhando de esguelha como quem: "Lá vou eu outra vez perder uns membros folhas da família para zelar por ti". Tantas vezes escasseaste e eu chorei agarrada ao piáça(ba) chamando por ti (e pela minha mãe).
Oh rolo, rolinho, rolão quantas vezes corri mundo à procura de uma promoção. "Mas tu não ficaste nem meia hora, não fizeste um esforço para ficar e foste-te embora". Quantas vezes combinámos no sitio do costume e tu não estavas lá, na prateleira em frente à secção de enchidos. E eu vagueava em busca do teu olhar, atravessando corredor a corredor perguntando por ti. Chegava a casa e desanimada não me permitia evacuar -te dos meus pensamentos. Quantas vezes cumpriste funções extra-curriculares quando me encontrava órfã de guardanapos. Foste pai e mãe, rolo de cozinha e pano da loiça. Quantas noites me entupiste a sanita a alma e me inundaste a casa de banho os pensamentos. Mas quero que saibas que tu, rolo e toda a tua família, terão sempre um lugar especial no meu armário da casa de banho coração.

queres?

O que tu queres sei eu.
Queres e não podes ou podes e não queres. Podes mas não sabes se queres, queres mas não sabes se podes. E nem sabes se podes querer, nem sabes se sabes se queres. 
Ora, não sabendo se podes, foge do poder e vai atrás do querer. Prende-o a uma cadeira para depois pedires um resgate por ele. Atira-te ao mar, e diz que te empurraram. Se rasgares uns tendões nos rochedos depois processas quem te empurrou como forma de agradecimento por poderes faltar às aulas para teres o poder de esbarrares com os teus quereres e assim andares com eles de mão dada de nenúfar em nenúfar. "Boa sorte" já dizia a minha avó, e os professores no fim do enunciado de cada teste. Boa sorte. E se o teu medo te ligar, ou a tua tia Odete, não atendas, nenhum deles! *DANGER*. Porque eles podem querer que tu não queiras alegando que não podes. TU ÉS MAS'É UM VALENTE IDIOTA QUE CÁ VEM LER ISTO, meu amigo. Mas quem quer ler isto sabe. E tu é que sabes. 
Porque o que eu quero sabes tu!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

João nunca gostou que lhe chamassem Johnny. Nunca foi de alcunhas e diminutivos, apenas serviam para encurtar aquilo que por si só já era curto. Apesar da sua curta história, João já tinha uma longa história vivida - nasceu num bairro social e cedo conheceu os becos escuros.


Foi num destes momentos mais negros de uma auto-estrada mal iluminada chamada Vida que João conheceu Emília, a pequena figura angelical que o fitava do habitáculo de um Peugeot 206 semi-novo. Síndrome de Estocolmo, dizem uns, ou até paixão improvável, afirmam outros. A verdade é que desde então se tornaram inseparáveis.


Um dia, Emília esqueceu-se da sua verdadeira função, e João não jantou. Foi o suficiente para ficar a saber que o lago que tinham em casa servia de albergue para cadáveres.

José era um jovem que tinha acabado o 12º e tinha-se candidatado à UNL, para tirar um curso superior e um dia ganhar muito dinheiro e poder comprar o seu cativo no estádio da Luz.

Ora foi na viagem de finalistas a Lloret que conheceu Maria, estudante de uma secundária de Massamá que também pensava candidatar-se à UNL. Conversa de discoteca, mais um safari cola, mais um cigarro, mais um safari cola, mais um safari cola, e com o terceiro Maria estava completamente embriagada. José, como virgem que era, pensou "é a minha oportunidade de ouro". Pegou na miúda e hotel com ela, não sem antes pelo caminho a ter provocado com uns beijos na orelha. Chegados ao elevador, José encostou a sua pila virgem e precoce ao rabo de Maria, que num momento de lucidez de bebedeira disse "ai quero-o já no cu!". Sairam do elevador a correr, foram para o quarto e Maria começou-se a despir. Que visão. Não depilava as axilas nem a vagina, e o grande par de mamas que aparentava ter não era mais que 2 melões descaídos de uma velha de 60 anos.

José chegou à conclusão que gostava mais de miúdas vestidas.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sou um lápis amarelo
que não sabe onde escrever
o poema mais belo
que alguma vez hás de ler

Mas não pensais que sou algum gay,
pois também consigo ser homem.
Os outros lapis eu matei
e depois disse-lhes: TOMEM!

A verdade é que sou um assassino profundo,
matei para poder escrever no mundo.

Um mundo que apesar de não o merecer
vai servir de rascunho.
Queira ou não queira,
que não tenha eu que lhe mostrar o meu punho.

Pois de escrever na poeira
já estou eu fartinho,
prefiro até escrever num bife de novilho
regado com um bom vinho.

Vou partir o bico voluntáriamente
e esperar por um afia encantado
que me afie sucessivemente
e da borracha me mantenha afastado.

Porque amiga que é amiga
não apaga o próximo
canta-lhe antes uma cantiga 
enquanto com os amigos partilha uma seringa


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

1+1+1=1

- Dói-me a perna direita.
- A mim dói-me a esquerda.
- Faz sentido. Somos um.
- Sim. Dói-te os ombros?
- Não, e a ti?
- Também não. Quem terá a nossa dor de ombros?
- Aposto que é o Magalhães.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Os Maias

"Um tio desta personagem, um dia, julgando-se Judas, enforcou-se numa figueira."
O Eça de Queirós devia era escrever p'ro blog.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

põe açucar

- (...) É indiferente. Define "hoje".
- Nada é indiferente. Hoje é quando eu quiser. É meia noite e tal, estamos quase a passar para outro hoje. Sendo o hoje de ontem a estação, e o hoje de amanhã a escola, nós estamos na ponte.
- Bom post.
- Não sei não. Já disse tantas vezes "hoje" hoje que já perdi o significado da palavra e agora está-me a fazer lembrar yogourtes naturais.
- Sabor?
- Sabor o quê? Naturais, sabem a leite azedo quando não se põe açúcar.
- Yá, com açúcar claro.

"Quando o teu hoje não correr bem, é porque não meteste açúcar."
"Anotado."

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Um LIMBO virtual

A minha irmã mudou de telemóvel e passou alguns contactos do antigo telemóvel para o cartão, mas o que inexplicávelmente sucede é que os contactos não ficaram no cartão mas também não ficaram no telemóvel.
A minha pergunta é: para onde é que foram os contactos?
Haverá um limbo de contactos? estarão eles condenados a uma eternidade acorrentados no limbo vagueando pelo mundo com um vazio no olhar e sem esperança de alguma vez passarem para o outro lado e quem sabe irem para o seu paraíso virtual repleto de black berry's e Iphone's ou talvez se foram maus contactos em vida vão parar a um nokia 33 10?
Haverá alguém que consiga vê-los e que tente descobrir os seus problemas para os ajudar a ver a luz e fazer a passagem, que nem uma Melinda Gordon do "gost wisper"?
Fica no ar...
E cuidado... não os vês, não os sentes... mas eles andam aí!
Então vós viendes, comendes e não paguendes?
Paguendes que vos fodendes!