quarta-feira, 20 de julho de 2011

stop, a sua idenficação?

BORA ROUBAR IDENTIDADES?
Não, não estou a impulsionar a concretização de assaltos a bilhetes de identidade e/ou cartões de cidadão.
Então e se eu roubasse a tua essência? Roubasse a tua identidade e andasse por aí a ser (com) ela.
Ser-te até perder o meu eu, cobri-lo por completo com pedaços de tu.
Na realidade não posso rouba-la, não posso levar assim a tua essência, senão viverias no vácuo da inexistência, deixavas de ser para ser ninguém. Mas posso fotocopiar a folha da tua existência, e colar na capa da minha, e assim, quando eu me apresentasse, as pessoas conhecer-te-íam.
Não pode ser, isso não se faz, sabias? Eu não quero que me te deites assim ao mundo, podes parar de entornar, brutamente, gotas de mim sob o jardim que é o conjunto de pessoas, de que, eventualmente, te poderás fazer rodear? É que sem saber, a minha existência anda por aí, sabe-se lá dentro de quem, fora do meu controle. Nem os teus te têm, nem os que me têm eu tenho.
Às vezes, por instantes, paro de ser. Às vezes quero ser só para mim, guardar a minha essência no cofre do meu eu, para ninguém mais ver. Nunca se sabe quando vão leva-la e usa-la das mais ridículas formas.

«Ser ou não ser? Eis a questão.»

terça-feira, 19 de julho de 2011

Olha p'ra mim..

Olha pr'a mim e os meus 2938 amigos no Facebook. Olha p'ra mim e para os "gosto" nas minhas fotos. Olha p'ra mim e para as marcas que uso. Olha p'ra mim e para a música que ouço. Olha p'ra mim e para o meu batom branco. Olha pr'a mim e para as minhas lindas leggins. Olha pr'a mim e para o meu cabelinho metido para o lado.

Sois carneiros, que ouvem o sino do pastor e seguem, seguem , seguem... Mas  no fim das contas, nem sabem quem vos coordena.

Cuspo nas tendências, cuspo nos rótulos.


Olha p'ra mim..