quinta-feira, 13 de outubro de 2011

"Ementa:
Bifinhos de Peru com Cogumelos com Batata Frita e Arroz
ou
Bacalhau com Natas"


Se eventualmente, por vias de algum acidente grave que nos sucedesse, fossemos comparecer neste que é só o jantar de anos do milénio, não pediriamos bifinhos, isso é para meninos. Para nós é bifões. Bifalhões. Bifarralhões.

Se por acaso se recusassem a servir-nos bifalhazarrahões eu pediria, nem mais nem menos que um bacalhauzarrão com e/ou sem natonas.
Mas com o bacalhau nunca se sabe, já vi muito boa gente (foi só a minha mãe) a fazer bacalhau com natas e a esquecer-se de meter as natas. E nós, pessoas cautelosas, não meteriamos nossas mãos em nenhuma e qualquer fogueira por um bacalhau (sem ser o nosso), a não ser que estivesse fresquinho e precisasse de aquecer minhas mãos em suas labaredas. Mas aí pedia umas luvas que o natal já não tarda.
E não tarda nem ceda para te dizer, Anamaria, que tudo isto para te informar que é com amargura que vais passar o teu jantar sem nossa presença. Não queremos que passes teu jantar chorando sobre bifinhos leite derramados. No entanto é o que acontecerá. Mas não te preocupes, vai ficar tudo bem, o tempo cura tudo. Tenta divertir-te com as outras pessoas que  bem sabemos não têm metade da nossa beleza, inteligencia e integridade.


  • Ah, e parabéns pelos teus 85 anos


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

fui urinar

Fui ao café no intervalo, como de costume. Estava fechado. Vi passar a empregada que me disse:
- Está fechado, vou só à casa-de-banho.
Boquiaberta pensei "Olha se a escola fechasse cada vez que o director tem que ir fazer um xixi."

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

titulão da postazorra

Ó Julião, tu achas que és mais que os outros?
Nós não nos andamos por aí a auto nomear-nos de "Sarona" e/ou "Sofiazorra".
É que se não podias dizer: Olá, tudo bem? Sou o Júlio.
Mas não, só para te exibires, para seres mais que os outros. Olha meu amigo, isso não está correcto. Devias ser mais modesto.
Põe o olhos no Agosto, pessoa humilde e de bem. Não vês ninguém a tratá-lo por Agostão, ou vês? Muito pelo contrário.
Coitado do Agostinho...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cartão vermelho para Jesus

Eu sei que, por vezes, ele e sua família nos fazem das suas, mas também não é preciso dizer isso a nosso senhor Jesus Cristo.

Para mim ir para a rua é passar a soleirinha do prédio e ir ali à mercearia do senhor Cabral. Quererá o autor mandar a Jesus a dica de que lhe apetece um petisco?
Para mim ir para a rua é sair lá para fora manifestar-me contra a situação do país. Quererá o autor que Jesus saia para a rua para se manifestar contra as maleitas deste mundo? Quer dizer, com um pai daqueles, só eu sei porque não fico em casa. Para isso Jesus tinha uma conversa de cria para progenitor, com seu pai Deus, e metia uma cunha ou outra.
Para  mim ir para a rua, é a senhora professora amandar-me com um processo disciplinar. Estará o autor desta obra prima a tentar expulsar Jesus da sua aula? Terá Jesus atirado com um avião de papel a Moisés a meio de uma aula de biologia? Ter-se-á Jesus esquecido do seu manual?
Oh meu Deus, se Deus vem a saber disto, valha-nos Deus!
Olha... NUNCA DIGAS ADEUS

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ahahahah

E depois existem aqueles programa/séries de comédia nos quais as pessoas dizem algo engraçado e insistem em meter umas gargalhadas de fundo.
Quer dizer, eu sei que é uma piada. Eu sei quando hei-de me rir.
NÃO É PRECISO AVISAREM.

É como alguém mandar uma piada e rir-se da mesma.

deixei-me dormir

Dormir é algo que me irrita um bocado.
Dizem, alguns (e eu), que dormir é das melhores coisas do mundo.
Há sempre aquela hora (6h/7h da manhã) em que estás acordado, olhas para as horas e pensas "Oh meu Deus, já cedo tarde!" e entras no derradeiro dilema: durmoagoraantesquesefaçaaindamaistarde ou jáédemanhãnãovaleapenadormirdeixa-mecáirparaosofáverfilmes.
Bem, não tendo isto nada a ver com o assunto que aqui ia expor, podias fingir que não leste, e, lembrares-te apenas mais tarde, quando te acontecer, e pensares "Fogo! aqueles, os do blog, são mesmo génios"
Foi enquanto me vi presa nesse mesmo dilema, que decidi reflectir sobre o facto de dormir ser das melhores coisas do mundo. É QUE NÃO É.
Mas porque raio seria dormir das melhores coisas do mundo? Quando estás a dormir não ouves nada, não fazes nada, não sentes nada. Porque estás a dormir. Dormir, o nome que se dá ao acto de estar deitado/sentado/em pé(?), inconsciente, desprovido de que qualquer tipo de sensação real e/ou noção do tempo lá fora. Dormir é um espaço de tempo no qual a tua existência deixa de, passo a redundância, existir.
Fui dormir, e lá estava eu, naquele momento entre o adormecer e o estar acordado. E essa sim, é das melhores sensações do mundo. Aquele momento em que estamos tão aconchegados, tão absurdamente confortáveis, que só apetece ficar assim para sempre e nunca mais dormir. Depois, quanto mais nos aproximamos de dormir, melhor é a sensação, só que depois, de repente, DORMIMOS e só dá vontade de, chamando-o pelo próprio verbo, dizer-lhe:
"Ó DORMIR, TENS QUE ESTRAGAR SEMPRE TUDO!"

terça-feira, 16 de agosto de 2011

mantém-te feia

E aqui estou eu.
Hoje vim só aqui num instantinho deitar por terra a teoria de que a rapariga gira do grupo fica sempre com o rapaz giro. Está tudo na matemática.

(M.Feia + M.Bonita + Saída à noite) + (H.Feio + H.Bonito + Saída à noite) = ?

Normalmente, ocorrer-nos-ía que a mulher bonita ficaria com o homem bonito, e quanto aos que sobram, isso já seria lá com eles.
Tomei a liberdade de construír a minha teoria à cerca do assunto = A mulher bonita nunca terá sucesso.
Vejamos: Num encontro entre os dois pares, o feio dará o 1º passo, pois o bonito (conhecedor dos seus atributos) será o mais difícil. Dado o 1º passo pelo feio, a mulher escolhida será a bonita, obviamente.
Sendo isto, mesmo que a mulher bonita não dê bola ao feio, o homem bonito não vai tentar nada, pois a presa pertence agora ao amigo.

Amiga que nos segues aí em teu lar, se és formosa, tens uma estrutura física invejável e uma beleza abençoada: Esquece! Desiste, tu nunca terás sucesso na tua vida, não arranjarás emprego, não conseguirás constituir família, e, se tudo correr bem, viverás na angústia eterna, completamente só. Mas pensa positivo, a amiga feia com quem andas a saír, arranjará alguém ainda mais feio, e acabará como tu.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

stop, a sua idenficação?

BORA ROUBAR IDENTIDADES?
Não, não estou a impulsionar a concretização de assaltos a bilhetes de identidade e/ou cartões de cidadão.
Então e se eu roubasse a tua essência? Roubasse a tua identidade e andasse por aí a ser (com) ela.
Ser-te até perder o meu eu, cobri-lo por completo com pedaços de tu.
Na realidade não posso rouba-la, não posso levar assim a tua essência, senão viverias no vácuo da inexistência, deixavas de ser para ser ninguém. Mas posso fotocopiar a folha da tua existência, e colar na capa da minha, e assim, quando eu me apresentasse, as pessoas conhecer-te-íam.
Não pode ser, isso não se faz, sabias? Eu não quero que me te deites assim ao mundo, podes parar de entornar, brutamente, gotas de mim sob o jardim que é o conjunto de pessoas, de que, eventualmente, te poderás fazer rodear? É que sem saber, a minha existência anda por aí, sabe-se lá dentro de quem, fora do meu controle. Nem os teus te têm, nem os que me têm eu tenho.
Às vezes, por instantes, paro de ser. Às vezes quero ser só para mim, guardar a minha essência no cofre do meu eu, para ninguém mais ver. Nunca se sabe quando vão leva-la e usa-la das mais ridículas formas.

«Ser ou não ser? Eis a questão.»

terça-feira, 19 de julho de 2011

Olha p'ra mim..

Olha pr'a mim e os meus 2938 amigos no Facebook. Olha p'ra mim e para os "gosto" nas minhas fotos. Olha p'ra mim e para as marcas que uso. Olha p'ra mim e para a música que ouço. Olha p'ra mim e para o meu batom branco. Olha pr'a mim e para as minhas lindas leggins. Olha pr'a mim e para o meu cabelinho metido para o lado.

Sois carneiros, que ouvem o sino do pastor e seguem, seguem , seguem... Mas  no fim das contas, nem sabem quem vos coordena.

Cuspo nas tendências, cuspo nos rótulos.


Olha p'ra mim..

terça-feira, 14 de junho de 2011

Zero.

A posta não possui mulheres nuas e muito menos, homens vestidos, assim como também não se ensona no embalo melodioso de canções de engate ou manifestos escritos por personas desinteressantes.
A posta controla o tempo e espaço, a vida e a morte. A posta consegue ver dentro dos teus olhos.
A posta merece felicitações, confettis pelo ar e tarjas de parabéns, assim como sentidos pêsames ou palmas funerárias. A posta alimenta a mente com tudo o que precisamos saber, e também, simultaneamente, de ignorância e sentimentos de vazio e socorro.
A posta é um copo de aguá salgada no deserto, que bebes. A posta é uma miragem.
Segundo A posta todos os dias são especiais, pois nenhum deles vale a pena ser vivido, mas sim, desperdiçado. A posta dá-me tudo o que tenho, mesmo que no fim, nunca nada me pertença...
A posta despreza-se a si própria. Eles desprezam A posta. A posta é indesprezável.

E é nisso mesmo que reside a diferença. Num mundo de contrastes, onde o branco é oposto do negro, o amor é oposto do ódio, o belo é oposto do feio, o sujo é oposto do limpo, e é aí, que A posta se distingue de todo um resto e se torna comparável com nada.

Muitos brincam, muitos troçam, mas é aí que reside a sua força. São esses os pilares da sua liberdade.

A posta sou eu, a posta és tu.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

E se a Sara quer ser cá malta, tem que ler o livro de história até ao fim, até ao fim!
PÁGINA DIREITA, PÁGINA DIREITA É PENALTI, É PENALTI, É PENALTI

quarta-feira, 1 de junho de 2011

ó karma

Querido Karma:
Já ando há algum tempo para te perguntar isto.. Dormes com ou sem meias?
Quem tu pensas que és para andares aí feito TOLINHO a perseguir a malta? Sim, Karma, eu sei que o cupido também tem a mania de espetalhar setas a torto e a direito, mas entende que o gajo perfura corações para o bem, e tudo o que tu fazes é meter a malta a entornar o leite achocolatado e a tropeçar em bananas em público!
Mas olha meu amigo, cá se fazem cá se pagam, porque o Karma um dia virar-se-à contra ti também, ou pensais que lá por seres o Karma, o Karma não te pode castigar? Não, não. Que me espatife todinha contra um poste e caia de dentes em cheio num cocó de um cão, se tu também não irás, quiçá um dia, ter um incidente devido a essas malandrices que andais a fazer, meu menino.

Vendo o filme "Entrelaçados", apercebemo-nos de que de nada vale termos um cabelo mágico que brilha e cura o pipz quando há um naco de espelho por perto pronto a escadear-nos a guedelha.

terça-feira, 10 de maio de 2011

a ti

A nossa relação não estava a resultar. Eu não tinha tempo para ti, nem tu para mim. Nunca estava contigo e sinceramente não tinha vontade sequer de olhar para ti. Cansei-me de ti e de todas as coisas que dizias, as tuas palavras não faziam qualquer sentido dentro da minha cabeça. Por vezes, chegava ao pé de ti, e já nem tinha mais assunto, ou simplesmente não tinha vontade de falar. Tivemos que dar um tempo, e aí, e só aí, entendi a falta que me fazes. Chegar a casa, poder olhar para ti e pensar "que orgulho, aquilo em que te tornaste!"
E o que tu cresceste, e o matulão que te fizeste!
É por isso que agora que estamos juntos, nada nem ninguém nos irá separar, BLOG!
Vós curtides de nosso blog?

SIM [  ]    SOUPAS [  ]

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Hei niños. Na próxima semana os lindos e fofos Bacalhaus com e/ou sem natas não se encontrarão disponíveis para postar sendo que agora, sabendo isto, podes então ir para tua cama chorar não só baba, como também ranho. Obrigado.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Vamos lá, atiramos-lhe pedras à janela, e fazemos-lhe uma serenata. A mãe dele há-de ir à janela e deitar por terra o mito de que ele mora sozinho! Se não for, é porque não existe.

«Vou à janela, logo existo.»

quarta-feira, 30 de março de 2011

Vendemos poesia para fora.

Foi então que fomos contactadas para responder ao seguinte poema que foi enviado para uma ente querida nossa:

Era meia noite
vi uma estrela brilhar,
fez-me lembrar os teus olhos
quando me estavas a beijar.


Uma noite vi no céu
uma estrela cadente
essa estrela me mostrou
que eu te amava eternamente


Eu não quero mais sofrer
nem mais uma vez chorar
ou só quero os teus lábios quentes
e carinhosos que tens para me beijar


Um rapaz tão apaixonado não se deixa sem resposta pelo que achámos por bem ajudá-la nesta encruzilhada em que se encontrava escrevendo uma poesia digna de resposta a tão belo poema de amor.
A nossa resposta foi a seguinte poesia:


João fazes sorrir meu coração
mas eu não vi estrela não
o que eu vi foi um foguetão.
Seria um ovni? Um E.T?
Não.. Era a minha D.T


De andares atrás de mim já estás farto
já tens o coraçon espinado
Come uma lata de leite condensado
Não deixes caír na patilha
Tu tem cuidado
Se fores atacado por uma matilha
Fecha a barguilha.

quinta-feira, 24 de março de 2011

eu há

QUEM É QUE A MULHER DO ANÚNCIO DO CONTINENTE PENSA QUE É PARA ANDAR A DIZER NA TV: "EU HÁ COISAS"?
Merecia era que as coisas andassem a gritar aos sete ventos: "Eu há mulheres do continente"

terça-feira, 22 de março de 2011


Hoje ponho tudo em causa.
Vida? O que é isso?
Morte? Será mesmo o final de tudo e todos?
Ovos? Fazem bem à saúde ou não?

Há dias assim, sinto que as respostas estão longe, já esgotei a ajuda dos 50/50 e o meu primo Emídio não atendeu o telefone, não confio no público... Isso é que era bom! Sabem todos tanto como eu, afinal de contas andamos cá todos à procura do mesmo apesar de andarmos por caminhos diferentes, por vezes cruzados, por vezes paralelos...

Cuspo na cara de quem pensa que sabe tudo!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Descartes v.s David Hume

- Dá aí o tom à cerca do gajo que questionava a existência das coisas quando fechamos os olhos.
(15min depois de muita conversa)
- Obe lá ANDA POSTAR SOBRE PISTACHO (acho que não é assim que se escreve)
- Passaste de querer postar sobre um filósofo importantíssimo para uma posta sobre pistacho.

Segundo David Hume "Suponha que perante si está uma caneta (...) Imagine que fecha os olhos e deixa de pegar na caneta. Tem agora, segundo Hume, a ideia da caneta. Será essa ideia suficiente para confirmar que a caneta continua a existir?" David diz que não.
SERÁ QUE DAVID HUME CURTIA PISTACHOS? Será que quando os comia não pestanejava com medo que desaparecessem? Será que dormimos no limbo e não na nossa cama/quarto? (menos as pessoas que dormem de olhos abertos.)
Não sei, mas quando a stora me perguntar se fiz os tpc's vou dizer que não. Não a vi durante dias, fiquei na duvida da sua existência.
Já Descartes, o espertalhão do "eu penso, logo existo", dizia que à mínima incerteza sobre algum conhecimento, era porque este estava errado e teria de submetê-lo à dúvida.
Quando a professora me perguntar porque deixei o teste em branco vou dizer que tive pequenas dúvidas em cada questão e que como não tive tempo de levar o conhecimento à derradeira prova, deixei mucho por fazer. Ou quando ela nos perguntar se nos autorizou a rir eu fecho os olhos e se ela ralhar digo que ela deixou de existir logo não tenho culpa de não ouvir/obedecer a malta inexistente. Não estou para aturar malta que nem sequer existe.

E quando fecho os olhos, é quando entro na falácia do falso dilema: Não existo nem eu nem o mundo, no entanto se penso, logo existo.

quarta-feira, 16 de março de 2011

durmam bem

É estúpido dizer "Dorme bem."
Quer dizer, é como estar a dar uma ordem ou a querer corrigir alguém por estar a dormir incorrectamente.
De certo que pode ser só um "Boa sorte com essa dormidela", mas se fosse esse o caso, diriamos, e corrijam-me se o meu pensamento estiver enganado, "Boa sorte com essa dormidela!"
Olhem, sorte é o que temos por não nos irem lá acordar e dizer "Olha meu amigo, não é assim que se dorme, DORME BEM, pá."
É que eu qualquer dia passo-me e digo-lhes: 

DORME TU, NÃO MANDAS EM MIM!

domingo, 6 de março de 2011

vai pela sombra

Achas que a tua sombra não passa disso mesmo? Uma sombra? Desengana-te.
Já alguma vez saíste para a rua sem a tua sombra? Não sabes. Pouco te importas. Andas por aí descançado, deixando que a pisem. Secalhar a tua sombra também não se importa contigo.
O mundo das sombras não deve andar em crise. Não há racismo, são todas iguais. Não têm de se preocupar com o que vestem e/ou usam.
A partir de hoje vou tratar melhor a minha sombra, preocupar-me com ela, oferecer-lhe a sombra de uma flor, umas sombras para os olhos.
Tenho pena de ter obrigar a minha sombra a conviver com a sombra dos meus amigos todos os dias. Cá para mim ela nem gosta das sombras deles e são arqui-inimigos mas coitada, não tem escolha. Ainda por cima tem de ir aos mesmos sítios que eu. Às vezes acho que devia soltá-la, deixá-la ir brincar com a sombra dos amigos dela, há anos que me persegue. Na verdade sempre a invejei.. Quando se põe com aqueles cabelos ao vento. Aposto que ela tem um cabelo volumoso e o lava com a sombra do nosso Garnier. Aposto que ela é popular lá no mundo das sombras. Aposto que quando pego no telemóvel para ver que recebi uma mensagem da vodafone, ela está a receber uma mensagem da sombra de um rapaz lindo de morrer.
Mas deve ser mau viver na sombra de alguém.
Deve doer ser pisado por tudo quando não é sombra.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Dedico este título aos leitores assíduos

Faz sentido dedicar uma musica cheia de mariquísses ao namorado, faz sentido dedicar musicas como "Mãe querida mãe querida" à minha mãe, agora dedicar musicas que falam em pessegueiros da ilha à minha avó como já vi muito boa gente fazer, tenham dó!
É como dedicar fotos a alguém, seria como eu agora decidir dedicar a musica "Sex bomb" à minha professora de geografia, não liga, não faz sentido. Fotos inclusivamente que não têm nada a ver com a pessoa a quem são dedicadas. Imaginemos que coloco uma foto no meu Facebook, na qual me encontro sentada na sanita, e a dedico a uma amiga. Dito assim parece que estou insinuar que ela tem cara de cocó, no entanto coloco na descrição "Esta foto é para ti Deolinda, LOVE YOU@@@@@" Na realidade a foto não é tua, é minha, e não vais poder agarrar nela e andar por aí a exibi-la como se fosse tua propriedade, porque nem sequer apareces nela.
Por estas e por outras, no outro dia dediquei uma garfada de arroz de ervilhas ao meu irmão, e ele mais tarde dedicou-me uma escarreta. Gostei, foi um gesto bonito.
Gostaria de dedicar então, esta magnífica posta à nossa fã número 1, cujo nome não vai ser revelado para não ferir susceptibilidades, é tua Mariana.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

literatura de bancos de comboios

"When you try, but you're not succeed;
When you get what you want, but not what you need;
When you feel so tired, but you can't sleep;
Could it get worst?"

É com alegria que saúdo desde já o ser humano magnifico que redigiu esta obra no banco no qual me sentei hoje esperando pelo comboio.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dor de Dromedário

Quando tenho dores nas pernas chamo-lhes dores nas pernas. Quando tenho dores nos braços chamo-lhes dores nos braços. PORQUE RAIO É QUE O FLANCO SE ACHA MAIS DO QUE OS OUTROS?!? "Olhem para mim com dor de BURRO!"
Agora sempre que tiver dor de cabeça será dor de dromedário para tirar as manias áquele menino. E tenho dito.

Errata

A posta cujo protagonista se intitula de José, é uma nódoa na camisa que é este blog.
Cumprimentos.

Shall we go?

Tenho um quarto de hora, tenho de me despachar, tenho de ir. Vens comigo?

A ti

Querido rolo de papel higiénico:
Tantas vezes me safaste de boa. Tantas vezes aquando uma bruta feijoada tive necessidade de praticar uma higiene ou outra e lá estavas tu olhando de esguelha como quem: "Lá vou eu outra vez perder uns membros folhas da família para zelar por ti". Tantas vezes escasseaste e eu chorei agarrada ao piáça(ba) chamando por ti (e pela minha mãe).
Oh rolo, rolinho, rolão quantas vezes corri mundo à procura de uma promoção. "Mas tu não ficaste nem meia hora, não fizeste um esforço para ficar e foste-te embora". Quantas vezes combinámos no sitio do costume e tu não estavas lá, na prateleira em frente à secção de enchidos. E eu vagueava em busca do teu olhar, atravessando corredor a corredor perguntando por ti. Chegava a casa e desanimada não me permitia evacuar -te dos meus pensamentos. Quantas vezes cumpriste funções extra-curriculares quando me encontrava órfã de guardanapos. Foste pai e mãe, rolo de cozinha e pano da loiça. Quantas noites me entupiste a sanita a alma e me inundaste a casa de banho os pensamentos. Mas quero que saibas que tu, rolo e toda a tua família, terão sempre um lugar especial no meu armário da casa de banho coração.

queres?

O que tu queres sei eu.
Queres e não podes ou podes e não queres. Podes mas não sabes se queres, queres mas não sabes se podes. E nem sabes se podes querer, nem sabes se sabes se queres. 
Ora, não sabendo se podes, foge do poder e vai atrás do querer. Prende-o a uma cadeira para depois pedires um resgate por ele. Atira-te ao mar, e diz que te empurraram. Se rasgares uns tendões nos rochedos depois processas quem te empurrou como forma de agradecimento por poderes faltar às aulas para teres o poder de esbarrares com os teus quereres e assim andares com eles de mão dada de nenúfar em nenúfar. "Boa sorte" já dizia a minha avó, e os professores no fim do enunciado de cada teste. Boa sorte. E se o teu medo te ligar, ou a tua tia Odete, não atendas, nenhum deles! *DANGER*. Porque eles podem querer que tu não queiras alegando que não podes. TU ÉS MAS'É UM VALENTE IDIOTA QUE CÁ VEM LER ISTO, meu amigo. Mas quem quer ler isto sabe. E tu é que sabes. 
Porque o que eu quero sabes tu!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

João nunca gostou que lhe chamassem Johnny. Nunca foi de alcunhas e diminutivos, apenas serviam para encurtar aquilo que por si só já era curto. Apesar da sua curta história, João já tinha uma longa história vivida - nasceu num bairro social e cedo conheceu os becos escuros.


Foi num destes momentos mais negros de uma auto-estrada mal iluminada chamada Vida que João conheceu Emília, a pequena figura angelical que o fitava do habitáculo de um Peugeot 206 semi-novo. Síndrome de Estocolmo, dizem uns, ou até paixão improvável, afirmam outros. A verdade é que desde então se tornaram inseparáveis.


Um dia, Emília esqueceu-se da sua verdadeira função, e João não jantou. Foi o suficiente para ficar a saber que o lago que tinham em casa servia de albergue para cadáveres.

José era um jovem que tinha acabado o 12º e tinha-se candidatado à UNL, para tirar um curso superior e um dia ganhar muito dinheiro e poder comprar o seu cativo no estádio da Luz.

Ora foi na viagem de finalistas a Lloret que conheceu Maria, estudante de uma secundária de Massamá que também pensava candidatar-se à UNL. Conversa de discoteca, mais um safari cola, mais um cigarro, mais um safari cola, mais um safari cola, e com o terceiro Maria estava completamente embriagada. José, como virgem que era, pensou "é a minha oportunidade de ouro". Pegou na miúda e hotel com ela, não sem antes pelo caminho a ter provocado com uns beijos na orelha. Chegados ao elevador, José encostou a sua pila virgem e precoce ao rabo de Maria, que num momento de lucidez de bebedeira disse "ai quero-o já no cu!". Sairam do elevador a correr, foram para o quarto e Maria começou-se a despir. Que visão. Não depilava as axilas nem a vagina, e o grande par de mamas que aparentava ter não era mais que 2 melões descaídos de uma velha de 60 anos.

José chegou à conclusão que gostava mais de miúdas vestidas.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sou um lápis amarelo
que não sabe onde escrever
o poema mais belo
que alguma vez hás de ler

Mas não pensais que sou algum gay,
pois também consigo ser homem.
Os outros lapis eu matei
e depois disse-lhes: TOMEM!

A verdade é que sou um assassino profundo,
matei para poder escrever no mundo.

Um mundo que apesar de não o merecer
vai servir de rascunho.
Queira ou não queira,
que não tenha eu que lhe mostrar o meu punho.

Pois de escrever na poeira
já estou eu fartinho,
prefiro até escrever num bife de novilho
regado com um bom vinho.

Vou partir o bico voluntáriamente
e esperar por um afia encantado
que me afie sucessivemente
e da borracha me mantenha afastado.

Porque amiga que é amiga
não apaga o próximo
canta-lhe antes uma cantiga 
enquanto com os amigos partilha uma seringa


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

1+1+1=1

- Dói-me a perna direita.
- A mim dói-me a esquerda.
- Faz sentido. Somos um.
- Sim. Dói-te os ombros?
- Não, e a ti?
- Também não. Quem terá a nossa dor de ombros?
- Aposto que é o Magalhães.